O Papa Francisco, de 86 anos, passará por uma cirurgia de emergência sob anestesia geral, na tarde desta quarta-feira no hospital Gemelli, em Roma, devido ao risco de obstrução intestinal, informou o Vaticano em comunicado. A operação acontece por causa do agravamento dos sintomas apresentados pelo pontífice, que deverá ficar internado por “vários dias” para se recuperar do pós-operatório.
De acordo com o comunicado do Vaticano, ele será operado na parede abdominal sob anestesia geral. Mais cedo, o pontífice participou da audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano, onde não fez nenhuma menção à operação planejada.
“A operação agendada nos últimos dias pela equipe médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma laparocele que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência na unidade de saúde durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa”, diz a nota divulgada à imprensa.
De acordo com o comunicado do Vaticano, ele será operado na parede abdominal sob anestesia geral. Mais cedo, o pontífice participou da audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano, onde não fez nenhuma menção à operação planejada.
Há dois meses, o Pontífice argentino chegou a ser internado com quadro de bronquite. Nesta terça-feira, ele foi ao hospital também em Roma para ser submetido a exames, onde permaneceu por cerca de 40 minutos. O estado de saúde do Papa, eleito como líder da Igreja Católica em 2013, provoca com frequência especulações sobre uma eventual renúncia e sua provável sucessão.
Francisco já declarou em várias oportunidades que cogitaria renunciar — como fez seu antecessor, Bento XVI, morto em dezembro do ano passado — em caso de estado grave de saúde. Mas, recentemente, afirmou que a ideia não estava em seus planos.
O Papa, que comemorou o 10º aniversário de seu pontificado em março, costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala para andar por causa de dores persistentes no joelho.
Em julho de 2021, ele teve parte de seu cólon removido em uma operação destinada a tratar uma doença intestinal dolorosa chamada diverticulite. Ele disse no início deste ano que a condição havia retornado.
No ano passado, o Papa disse que não queria operar o joelho porque a anestesia geral para a cirurgia do cólon trouxe efeitos colaterais desagradáveis.
O Globo