A Polícia Federal pediu nesta sexta-feira (11) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após apontar indícios de que ele possa ter usado a estrutura do governo federal para desviar presentes valiosos oferecidos por autoridades estrangeiras.
Agora, a decisão está nas mãos do relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes. Com base no relatório da PF, Moraes autorizou uma operação que foi deflagrada também nesta sexta-feira, com mandados de busca e apreensão relacionados a Bolsonaro, no contexto das joias enviadas por autoridades sauditas.
Os alvos dos mandados de busca e apreensão incluíram o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército que também participou na assistência à ordem presidencial. Além da quebra de sigilo, a PF também pretende colher o depoimento do ex-presidente. Até o início da noite desta sexta-feira, tanto Bolsonaro quanto seus advogados não haviam se manifestado sobre o assunto.
Moraes alega que os dados analisados pela polícia indicam que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, responsável por analisar e definir o destino de presentes oferecidos por autoridades estrangeiras ao presidente da República, poderia ter sido usado para desviar presentes valiosos para o acervo pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a suposta determinação dele.
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