Ômicron causou apenas ‘sintomas leves’ até o momento, diz médica sul-africana que tratou dezenas com a variante


28/11/2021

A médica sul-africana e presidente da Associação Médica da África do Sul (Sama, na sigla em inglês), Angelique Coetzee, que atendeu quase trinta pacientes com Covid-19 infectados pela nova variante Ômicron, afirma que eles apresentam “sintomas leves”.  Segundo a profissional, por enquanto, eles estão passando seu período de recuperação sem necessidade de hospitalização.   
 
De acordo com o site Sputnik, Angelique constatou que as pessoas infectadas apresentaram “uma doença leve com sintomas como músculos doloridos e cansaço por um ou dois dias sem se sentir bem”.  “Até agora, detectamos que as pessoas infectadas não sofrem perda de paladar ou cheiro. Eles podem ter uma leve tosse. Não há sinais proeminentes de sintomas. Dos infectados, alguns estão sendo tratados em casa”, afirmou a médica.   
 
Batizada de ômicron (B.1.1.529), a nova variante do coronavírus identificada tornou-se uma preocupação global. O epicentro da mutação ocorreu na província sul-africana de Gauteng, onde 77 casos foram confirmados. No entanto, a linhagem já se encontra em pelo menos outros nove países e território.  
 
ATÉ O MOMENTO, FORAM CONFIRMADOS CASOS NA: 
 
África do Sul (Província de Gauteng): 77 casos; 
Alemanha: 2 casos na região da Baviera; 1 caso com “alta probabilidade” em Hesse; 
Austrália: 2 casos em Sidney; 
Bélgica: 1 caso (viajante que voltou do Egito, em 11 de novembro); 
Botsuana: 4 casos (estrangeiros que foram ao país missão diplomática e já deixaram o país) 
Hong Kong: 1 caso (pessoa que viajou à África do Sul); 
Holanda: 13 casos (passageiros que chegaram da África do Sul); 
Israel: 1 caso (pessoa que viajou ao Malaui). outros 7 casos são investigados; Itália: 1 caso confirmado (homem que chegou de Moçambique); 
Reino Unido: 2 casos confirmados, em Chelmsford e Nottingham; 
República Tcheca: 1 caso confirmado em Liberec 
 
Contudo, especialistas alertam que nova mutação deve ser motivo para preocupação, mas o momento não é de pânico. Cientistas ainda buscam repostas sobre mortalidade, sintomas, gravidade da doença e eficácia das vacinas contra essa variante.   
 
Além disso, reacendeu o debate sobre a necessidade de vigilância genômica (monitoramento dos vírus em circulação e identificação as variantes) para o combate à pandemia. 

 

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